quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Auto da Barca do Inferno- Gil Vicente

  O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, retrata o julgamento de várias personagens após suas respectivas mortes. Esse auto é narrado de forma a criticar os comportamentos mundanos das pessoas em geral.
  O auto fala sobre as personagens que, após morrerem, são levadas a um rio onde se encontram duas embarcações: a do Céu, onde um anjo está a espera das boas almas e, a do Inferno, onde está o Diabo.
  O primeiro a embarcar é o Fidalgo, o mesmo resolve ser sarcástico com o Diabo, falando o quão feias eram suas roupas. Por não se conformar com sua ida para o Inferno, o Fidalgo procura o Anjo, este diz que sua barca não teria espaço para uma pessoa de caráter torpe como o caráter do Fidalgo.
  O Diabo também conduz o Agiota à sua barca, pois, o Agiota se fez muito ganancioso no decorrer de sua existência. Quando procurado pelo Agiota, o Anjo fala sobre o quanto ele roubou em vida, não permitindo sua entrada na barca do Céu.
  O parvo se aproxima e, encaminha-se para a barca do Céu. Ele revela que havia morrido de caganeira. Assim, tal personagem continua na barca do céu por ser um tolo que, não fizera nada em sua vida, nem para o bem, nem para o mal.
  O sapateiro é conduzido à barca do Inferno por ter cometido vários pecados quando estava vivo. Posteriormente, o Frade aparece cantarolando e dançando. O mesmo vai para a barca do inferno por ter acumulado várias mulheres em vida. A amante que o acompanhava, segue também para o Inferno.
  Dessa maneira, todos a seguir embarcam para o Inferno: Brísida Vaz, a alcoviteira. O Judeu que sacrificava animais em sua religião e, que inicialmente, não fora permitida sua entrada nem pelo Diabo em sua referida barca. O Corregedor que zombara do Diabo por ser uma pessoa renomada em vida, mas que aceitava suborno dos judeus. Além do procurador que, seguiu igualmente rumo ao Inferno. E ainda, um homem que enforcara-se, tirando sua própria vida.
  No entanto, quatro Cavaleiros que traziam a Cruz de Cristo vão para o céu, pois morreram em guerra e, por Deus. Assim, livraram-se de todos os seus pecados, tomando a direção do Paraíso.
        COMENTÁRIO: Devemos seguir caminhos sensatos em vida para, não nos arrependermos depois.
  

Um comentário:

  1. Parabéns Luciana sua analise ficou boa, uma história muito bonita e engraçada. Você e Gil Vicente que é o autor do auto estão de parabéns.

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